Pensando na realidade do contexto social brasileiro, onde muitas vezes
as obrigações de assumir responsabilidades maternas de forma solitária
são impostas à mulher, o deputado Sandro Pimentel (PSOL) apresentou
projeto de Lei no plenário da Assembleia Legislativa que dispõe sobre a
obrigatoriedade da comunicação dos nascimentos registrados sem
identificação de paternidade à Defensoria Pública do Estado do Rio
Grande do Norte e ao Ministério Público.
Com a lei aprovada, os oficiais de registro civil das pessoas
naturais do Estado ficam obrigados a remeter, mensalmente, aos núcleos
da Defensoria Pública e do Ministério Público existentes em sua
circunscrição, uma relação por escrito dos registros de nascimento
lavrados em seus cartórios em que não constem a identificação de
paternidade.
De acordo com o deputado, as mães enfrentam dificuldades para buscar a
paternidade das crianças, principalmente pela falta de recursos e
informações. “As mulheres de baixa renda muitas vezes não têm condições
para arcar com as despesas de um processo de investigação de paternidade
e também sofrem com o desconhecimento do direito do nascido e, por
conseguinte, não sabem buscar soluções”, explicou.
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