O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), comandado por
aliados políticos do governo Bolsonaro, abriu uma licitação para comprar
dez milhões de mesas e cadeiras escolares que entrou na mira da
Controladoria-Geral da União (CGU). Um relatório do órgão aponta um potencial sobrepreço de R$ 1,59 bilhão,
além de avaliar que o material encomendado era o dobro do considerado
necessário. A auditoria da CGU constatou até mesmo valores digitados ou
associados a itens errados que provocariam um prejuízo de R$ 176 milhões
aos cofres públicos.
Considerado um dos pregões mais cobiçados no FNDE, a compra de mesas e cadeiras para escolas em diferentes municípios e estados foi orçada inicialmente pelo órgão em R$ 6,3 bilhões. Tão logo foi lançado, em janeiro deste ano, o edital chamou a atenção de técnicos da CGU por algumas falhas como no processo de pesquisa de preços de mercado e na quantidade de itens que seriam comprados. Essa fase, que antecede a licitação, serve para evitar pagamentos superfaturados ou aquisição de quantidade desnecessária de itens.
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