A apuração foi aberta a partir das conclusões da CPI da Covid, que funcionou no Senado em 2021.
A decisão do ministro atende a um pedido da Polícia Federal e que teve aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além de Bolsonaro, são alvos da apuração:
- senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do presidente;
- deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente;
- deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo;
- deputada Carla Zambelli (PL-SP);
- deputado Osmar Terra (MDB-RS);
- deputada Bia Kicis (PL-DF);
- deputado Carlos Jordy (PL-RJ);
- deputado Onyx Lorenzoni (PL-RS).
A CPI afirma que reuniu elementos que "evidenciaram a omissão" do governo federal na conscientização da população sobre o combate à Covid, além da "participação efetiva do presidente da República, de seus filhos, de parlamentares, do primeiro escalão do governo e de empresários na criação e disseminação das informações falsas" sobre a doença".
"Essas condutas colocaram a saúde das pessoas em risco, uma vez que contribuíram para o rápido incremento da contaminação pelo coronavírus, pelo surgimento de nova cepa do vírus e pelo aumento do índice de ocupação dos leitos hospitalares e, consequentemente, para a morte de milhares de brasileiros", diz o relatório.
Com a extensão do prazo, autorizada por Barroso, a Polícia Federal deve analisar as provas reunidas pela CPI.
A PGR, porém, tem apontado problemas no material reunido pela CPI para avançar nas investigações.
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