De acordo com a PF, a atividade ilegal abastece uma cadeia criminosa de serrarias, movelarias e depósitos de madeira clandestinos. A polícia disse que durante as investigações foram identificados diversos estabelecimentos madeireiros que atuam na clandestinidade, sem emissão de Documento de Origem Florestal (DOF).
A PF também informou que, no período de um ano, foram detectados 177 alertas de desmatamento na terra indígena Cana Brava. As serrarias e movelarias investigadas estão a uma distância de aproximadamente 40 km da terra indígena, “o que demonstra a viabilidade econômica para atuarem na ilegalidade, com extração de madeira em área protegida”.
“O tempo de atividade analisado por meio da evolução geoespacial desses estabelecimentos demonstrou que as condutas perduram há vários anos, causando impactos e danos consideráveis ao meio ambiente e ao equilíbrio ecológico”, disse a polícia.
Ainda de acordo com a PF, o desmatamento ilegal, com a invasão das terras indígenas, intensifica os conflitos com indígenas da região.
Os investigados poderão responder por crimes como receptação qualificada, depósito de produto de origem vegetal sem licença válida, funcionamento de estabelecimentos potencialmente poluidores sem autorização, dentre outros, com penas que podem chegar a 9 anos de reclusão.
Batizada de “Pterodon”, a operação mobilizou 110 policiais federais, bem como servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e integrantes do Corpo de Bombeiros e policiais militares do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), no Maranhão.
O nome da operação faz referência a um gênero botânico, que inclui a sucupira entre suas espécies. A árvore é considerada uma das mais valiosas da terra indígena Cana Brava.
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