Causada por protozoários e transmitida através da picada do mosquito para animais domésticos e seres humanos, a leishmaniose visceral (calazar) precisa ser prevenida pela população no período de chuvas. Porém, de acordo com o biólogo do Programa Estadual de Controle da Leishmaniose, Amauri Brito, o mosquito "flebótomo" causador da doença pode aumentar a sua proliferação em ambientes úmidos e de lixo. "Geralmente em áreas úmidas, como em quintais de residências, não necessariamente com água parada, além de locais com lixo orgânico, são favoráveis para o aumento de vetores da leishmaniose", afirmou o biólogo.
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) notificou 55 casos de calazar humano no RN em 2010, dos quais 24 foram registrados em Natal e 21 em Mossoró; além do óbito de uma criança no município de Nisia Floresta (Litoral Sul), no último mês de maio. "As faixas etárias mais suscetíveis a serem infectadas são crianças e pessoas idosas, porém há tratamento e adoença é curável", enfatizou Amauri Brito.
Após o diagnóstico realizado através de um exame de sangue, o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através de medicamentos com duração média de 40 dias. "Em qualquer desses sintomas é preciso que a população fique atenta e procure o serviço médico. Se deixar agravar o quadro, é possível que o doente vá a óbito devido ao inchaço do baço e fígado", explicou Amauri.
Cachorros
No caso de animais domésticos, principalmente cachorros que estejam infectados, a doença é incurável, além de agirem como reservatórios do protozoário causador do calazar. "Caso haja algum cahorro detectado com calazar, é preciso entrar em contato com Centro de Zoonoses para recolher o animal das ruas. Outros bichos como tatu e raposa também podem agir como reservatórios".
Saiba mais
Calazar humano no RN:
2008 - 145 casos
2009 - 138 casos
2010 - 55 (2010 - até julho)
Fonte: Dados da Sesap até o mês de julho de 2010
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