terça-feira, agosto 10, 2010

Brasileiro leu mais e gastou menos em 2009, aponta pesquisa

O brasileiro leu mais livros gastando menos em 2009, mesmo com a crise financeira mundial que afetou praticamente todos os setores econômicos a partir do final de 2008. É o que aponta a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial, que revela que o número de exemplares publicados no ano passado foi 13,5% superior ao de 2008. As opções, no entanto, não variaram tanto, já que o número de títulos disponíveis aumentou apenas 2,7%.

Realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) da Universidade de São Paulo (USP), a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional de Editores de Livros, o estudo divulgado hoje (10) apurou que, no ano passado, o preço médio dos livros vendidos pelas editoras às livrarias ficou 3,56% abaixo da média registrada em 2008, baixando de R$ 11,52 para R$ 11,11.

Segundo a presidente da CBL, Rosely Boschini, o aumento do número de exemplares vendidos e a suspensão da cobrança do PIS/Cofins, desde 2004, tem sido os principais fatores para os preços caírem nos últimos seis anos.

"Esse crescimento mostra que o mercado editorial brasileiro está maduro", comemorou Rosely, destacando o resultado relativo às vendas do segmento infantil, cujas obras responderam por 7,4% da produção, ou seja, por pouco mais de 28 mil do total de 386 mil exemplares produzidos. Se somado à participação da literatura juvenil (6,9%), os livros voltados às crianças e aos adolescentes ocupariam o segundo lugar da produção por área temática, atrás apenas dos livros didáticos, que atingem 47,5% da produção.

"Isso demonstra que os jovens e as crianças estão lendo mais. E se o mercado editorial está publicando e vendendo mais para estes dois públicos, o futuro do livro está garantido", comentou Rosely, para quem o mercado ainda tem muito espaço para se expandir, já que, para ela, o brasileiro ainda lê pouco. Mesmo com o número de livros consumidos anualmente por cada brasileiro tendo saltado da média de 1,8, em 2000, para os atuais 4,7.

Fonte: DIARIO DE PERNAMBUCO.

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