Os casos de tuberculose resistentes aos tratamentos, muitas vezes mortais, alcançam níveis alarmantes em certos países, que precisam de tratamentos cada vez mais caros e complexos, segundo um novo estudo publicado nesta quinta-feira (30/8) pela revista médica britânica Lancet.
Realizado em oito países (Estônia, Letônia, Peru, Filipinas, Rússia, África do Sul, Coreia do Sul e Tailândia) entre 2005 e 2008, o estudo mostra que 43,7% dos pacientes que sofrem com tuberculose não reagem diante de pelo menos um medicamento de segunda intenção (ou seja, administrado após o fracasso de um primeiro medicamento antituberculoso clássico). Esta taxa de prevalência da tuberculose multirresistente (TB-MR) é muito superior ao adiantado pela OMS, que era da ordem de 5% para o período estudado.
"Até agora, haviam sido observados casos de tuberculose ultrarresistente em 77 países, mas a prevalência exata é desconhecida", comentou Tracy Dalton, do centro norte-americano de controle de doenças infecciosas de Atlanta, que dirigiu o estudo. Cerca de 8,8 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose em 2010, e destas, 1,4 milhões morreram, segundo a OMS, estimando que a tuberculose multirresistente afeta anualmente 500 mil pessoas, das quais 150 mil falecem.
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