Quando o Encontro com Fátima Bernardes surgiu, o conceito não era o de trazer discussões sérias, questões que afetam o dia a dia das pessoas e coisas assim? Pois então. A Globo vem mexendo aos poucos na atração para não espantar ainda mais o público, mas a impressão que dá é que a coisa desandou de vez.
Nesta quinta (30), o programa fez uma homenagem ao Chacrinha. Sim, por incrível que pareça esse foi o tema do dia. Não que o apresentador não mereça, veja bem. Muito pelo contrário. É um verdadeiro clássico da TV brasileira. Mas, fala sério, um programa inteiro dedicado a ele? Por qual motivo? Mesmo que haja alguma efeméride envolvida, o Encontro com Fátima Bernardes não foi criado exatamente para isso, certo?
O tão falada atração surgiu com propósitos mais sérios e, aos poucos, vem se transformando num programa de auditório bem do comunzinho. Nesta quinta, por exemplo, estavam lá a Blitz, Eduardo Dusek, Biafra, Elke Maravilha, Pedro Bial e até “calouros” apareceram para cantar. Russo, eterno ajudante de palco do Velho Guerreiro, também surgiu. E, cada vez mais, artistas da própria Globo – geralmente atores – são chamados para tentar dar um reforço na audiência.
A homenagem foi realmente bonita, mas o que isso tem a ver com o Encontro? Aí cabem todas as frases possíveis para dizer o que virou o programa: “está mais perdido que cego em tiroteio”, “mais por fora que umbigo de vedete”, entre outras.
Do jeito que vai, daqui a pouco ninguém mais sabe se está vendo o Encontro ou o Altas Horas versão diurna.
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