Crianças com alergia a leite de vaca não devem ser vacinadas agora contra sarampo
O Ministério da Saúde recomendou a
prorrogação da campanha de vacinação contra pólio e sarampo até dia 31. A
medida, anunciada nesta terça-feira, é adotada diante das baixas taxas
de cobertura. Estimativa do Ministério da Saúde mostra que ainda faltam
ser vacinadas 1,8 milhão de crianças contra sarampo e 1,5 milhão contra a
pólio. Foram imunizados contra pólio até agora o equivalente a 88% do
público alvo e 82,9% contra sarampo. O objetivo era vacinar 95% das
crianças contra as duas doenças. Esta é a segunda vez que o fim da
campanha é adiado.
Até agora, Espírito Santo foi o único
Estado a atingir a meta global. Ceará alcançou o objetivo, mas apenas
para vacina contra sarampo. A vacina contra pólio é recomendada para
crianças entre seis meses e cinco anos incompletos. A de sarampo, por
sua vez, é recomendada para crianças de um a cinco anos, também
incompletos.
Campanha de vacinação foi prorrogada para cumprir meta estipulada pelo governo federal
Crianças com alergia a leite de vaca não
devem ser vacinadas agora contra sarampo. O imunizante usado na
campanha, fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India,
apresentava um componente que poderia facilitar reações a crianças
alérgicas. O Ministério da Saúde, no entanto, já orientou secretarias
estaduais e municipais a evitar o uso da vacina em crianças com essas
características.
O Distrito Federal foi a Unidade da
Federação com a mais baixa cobertura vacinal de poliomielite: apenas
61,5% do público alvo foi imunizado. O Amazonas, por sua vez, foi o que
registrou a menor adesão para vacina contra sarampo: 57,44% das crianças
foram vacinadas.
Embora a poliomielite tenha sido
erradicada no Brasil, a vacinação é essencial, afirma o Ministério da
Saúde, para evitar a reintrodução do vírus no País. Dados da Organização
Mundial da Saúde mostram que 10 países registraram em 2013 e 2014 casos
da doença. No Paquistão, Nigéria e Afeganistão, a doença é endêmica. O
ministério ressalta que, com o fluxo de turismo e comércio entre os
países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância
da imunização.
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