Quatro em cada dez brasileiros estariam
dispostos a pagar mais para adquirir um produto fabricado de maneira
ambientalmente correta. A proporção foi revelada em pesquisa do Ibope,
que analisou os conhecimentos da população sobre assuntos relativos à
preservação do ambiente e, em especial, a respeito de créditos de
carbono. A predisposição identificada no estudo foi vista com bons olhos
pelos pesquisadores do instituto.
Para a mesma pergunta, outros 46%
responderam que estariam dispostos a arcar com um custo maior dependendo
de quanto seria acrescido; 10% disseram que não estariam dispostos a
pagar a mais. A tendência se alinha com o debate central do Dia Mundial
do Meio Ambiente, celebrado nesta sexta-feira, 05, e que tem como tema o
consumo sustentável da população.
A pesquisa ouviu 502 pessoas das cinco
regiões do País, em questionário pela internet, entre os dias 23 de
fevereiro e 6 de março – tem margem de erro de 4 pontos porcentuais. O
objetivo era identificar e quantificar o apelo da ideia de compra de
imóveis e outros bens duráveis e de consumo de empresas que façam
compensação financeira sobre a emissão de dióxido de carbono relativa ao
processo de fabricação.
A redução de uma tonelada na emissão de
dióxido de carbono representa um crédito, que pode ser negociado em um
mercado internacional a partir de projetos certificados.
A disposição do consumidor em pagar a
mais pelo produto “limpo”, no entanto, esbarra no desconhecimento. A
pesquisa apontou que 51% dos entrevistados conhecem pouco ou não
conhecem o termo e 40% conhecem mais ou menos. Apesar da propensão pelo
pagamento para a realização dos processos limpos, em outra pergunta 43%
responderam que raramente observam a forma como o produto foi fabricado;
outros 48% disseram geralmente observar. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário