Câmara rejeita voto facultativo (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)
A Câmara dos Deputados rejeitou nesta
quarta-feira uma proposta que instituía o voto facultativo nas eleições.
O texto de Rodrigo Maia (DEM-RJ), relator da reforma política, foi
derrotado por 311 votos a 134. Houve três abstenções.
A maioria dos partidos se posicionou contra a mudança. Apenas DEM, PPS e PV orientaram seus deputados a votar pela nova regra.
“Ainda é preciso que tenha a presença
massiva da sociedade brasileira indo votar, para que se garanta que não
exista no Brasil a pessoa eleita com um punhado de votos”, argumentou o
líder do PT, Sibá Machado (AC). Falando em nome da liderança do PSDB,
Marcus Pestana (MG) defendeu a mesma posição. “O voto é um direito e um
dever. Dever com o futuro do Brasil”, afirmou.
Do outro lado do debate, o líder do
PMDB, Leonardo Picciani (RJ), defendeu o voto facultativo – apesar de
ter liberado a bancada de seu partido para votar como preferisse. “Na
prática, a população já tem transformado por conta própria o voto em
facultativo. Nós temos estados em que passa dos 40% o número de
eleitores que decidem não votar em nenhum dos candidatos”, disse ele.
José Carlos Aleluia (DEM-BA) argumentou
que é preciso respeitar a liberdade do eleitor. “Ninguém quer ser
obrigado a escolher. Obrigar alguém a fazer uma escolha que não lhe
interessa é uma violência”, afirmou.
Depois de rejeitar a mudança, a Câmara
passou a discutir a instituição do mandato de cinco anos para todos os
cargos eletivos. Há duas semanas, a Casa já havia aprovado o fim da
reeleição.
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