Ainda que o Rio Grande do Norte enfrente mais um ano de seca, a
produção leiteira do estado terá um fôlego a mais. Foi lançado nesta
sexta-feira (12), o programa de Qualificação e Assistência Técnica
Continuada para o fortalecimento da Bovinocultura de leite da
agricultura familiar. Ao todo, serão R$ 900 mil em recursos federais
destinados ao projeto que beneficiará 400 produtores.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do
Norte (Faern), José Álvares Vieira, afirmou que o programa faz parte do
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-AR/RN), administrado pela
Federação. A contrapartida da entidade foi de R$ 100 mil para execução
do programa que atenderá 20 municípios, divididos em cinco polos: Caicó,
Potengi, Central, Oeste e Currais Novos.
“Serão 20 produtores por município, com ações assistenciais, cursos
de gestão, plantio, controle reprodutivo, um acompanhamento geral nas
propriedades”, explicou.
O programa de Qualificação e Assistência Técnica Continuada, de
acordo com José Vieira, surgiu em função da seca e, paralelamente, com o
objetivo de retomar a pecuária de leite no Rio Grande do Norte. Serão
24 meses de duração, com 20 técnicos do Senar envolvidos.
“O Rio Grande do Norte é um grande consumidor de leite longa vida e
em pó. Nossa produção não é autossuficiente e destinada a produção de
bebidas lácteas, queijos e leites pasteurizados”, observou.
O estado produz 350 mil litros de leite por dia, e segundo Vieira, a
capacidade pode ser triplicada. “Não somos competitivos para vender o
nosso leite in natura para outros estados, temos um custo de produção
alto. Se tivermos uma indústria, que processe o leite, agregue valor,
ele fica competitivo”, justificou.
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