Os servidores estaduais da Saúde do Rio Grande do Norte entrarão em
greve nesta quinta-feira (11). A decisão foi tomada em votação durante a
assembleia geral, no dia 29 de maio.
As principais reivindicações da categoria são o reajuste salarial de
27% e isonomia para os servidores municipalizados, que estão há quatro
anos sem reajuste e acumulam perdas de 61%; a implantação imediata das
mudanças de nível vencidas desde 2013; a tabela de qualificação; um novo
concurso público, para combater a sobrecarga nos locais de trabalho e a
garantia de abastecimento de materiais e medicamentos nos hospitais. O
início da greve será marcado com um ato público às 09h, no Walfredo
Gurgel.
Na última quarta (03), o Sindsaúde se reuniu em audiência com a Casa
Civil e os secretários de Planejamento e de Saúde. O governo sinalizou
com a implantação das mudanças de níveis atrasadas e o pagamento dos
salários dos novos servidores, atrasados há sete meses, e direitos não
cumpridos (insalubridade, etc). Porém, o governo alegou novamente não
ter condições para conceder reajustes salariais e melhorias nos Planos
de Cargos, e não se comprometeu com a realização de um novo concurso
público, que reduza a sobrecarga de trabalho.
O Sindsaúde manteve o início da greve, até que o governo atenda às
reivindicações da categoria. Uma nova audiência de negociação está
marcada para a sexta (12), às 11h.
Para Simone Dutra, do Sindsaúde-RN, o governo não pode negar o
reajuste aos servidores. “Passamos quatro anos escutando de Rosalba que
não era possível ter reajuste. Desde que a Lei de Responsabilidade
Fiscal foi criada o discurso é o mesmo. Entra governo, sai governo, e a
gente fica com salário congelado, com falta de pessoal, sem direitos,
adoecendo, enquanto os salários deles quase dobram de uma vez só?”,
questiona.
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