O papa Francisco chegou nesta
sexta-feira (27) a Uganda, segunda etapa de sua primeira viagem ao
continente africano, depois de ter visitado o Quênia. Ao som de
tambores, o pontífice desembarcou no aeroporto de Entebbe, a cerca de 40
quilômetros da capital, Kampala, e foi foi recebido pelo presidente
Yoweri Museveni, que está no poder há quase 30 anos.
Muitos ugandeses, de todas as idades,
estiveram concentrados ao longo do trajeto do aeroporto ao palácio
presidencial, local onde o pontífice terá um encontro com Museveni.
Francisco fará, então, o primeiro discurso desta viagem, que durará um
dia e meio no país, que tem um passado trágico de guerras, violência e
ditaduras, mantendo ainda uma alta taxa de vítimas da aids.
O papa terminará o dia em Munyonyo,
perto de Kampala, onde em 1886 o rei ugandês Mwanga condenou à morte
jovens cristãos que se recusaram a renegar a sua fé e tornarem-se
escravos sexuais.
Antes de deixar o Quênia, Francisco denunciou, numa das muitas favelas em Nairóbi, “a injustiça atroz” contra os moradores das favelas africanas e dirigiu-se ainda aos jovens quenianos em um grande estádio da cidade, pedindo-lhes para não ceder à corrupção, ao tribalismo e à radicalização.
As forças de segurança de Uganda estão
presentes em vários pontos da rota do papa, em um país, como o Quênia,
que fornece contingente militar para a força da União Africana na
Somália e que recentemente frustraram vários ataques do grupo radical
islâmico Shebab.
Cerca de 47% dos ugandeses (17 milhões) são católicos.
No domingo (29), o papa viaja para
Bangui, capital da República Centro-Africana, país que desde 2013 vive
um conflito entre milícias cristãs e muçulmanas. Está será a última
etapa da viagem de Francisco, considerada a mais arriscada, ao
continente africano.
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