O Papa Francisco denunciou nesta quinta-feira (26) diante de centenas
de milhares de quenianos, reunidos para uma missa em Nairóbi, "a
arrogância dos homens e o desprezo às mulheres", e pediu a defesa da
família e a proteção "ao inocente que ainda não nasceu".
"Estamos chamados a resistir às práticas que favorecem a arrogância dos
homens, que ferem ou desprezam as mulheres, que não cuidam dos idosos e
ameaçam a vida do inocente que ainda não nasceu", declarou o pontífice
na missa celebrada no campus da Universidade de Nairóbi.
O Papa, no segundo dia de visita ao continente africano, celebrou o
fato de que "a sociedade do Quênia se viu abençoada durante muito tempo
por uma sólida vida familiar", sentida no "profundo respeito à sabedoria
das pessoas mais velhas".
"A saúde de toda sociedade depende sempre da saúde das famílias. A fé
na palavra de Deus nos chama a apoiar as famílias em sua missão no
interior da sociedade, a acolher as crianças como uma bênção para nosso
mundo", completou em sua homilia, pronunciada em italiano e traduzida
para o inglês.
A solidez da família "é especialmente importante hoje em dia, quando
assistimos ao avanço de novos desertos criados por uma cultura de
materialismo, egoísmo e indiferença".
Em um país traumatizado por episódios de violência étnica nos últimos
anos, o papa também fez um apelo aos jovens para que "rejeitem tudo o
que leva ao preconceito e à discriminação, porque estas coisas já
sabemos que não são de Deus".
O pontífice está desde quarta-feira no Quênia, primeira etapa de sua
viagem ao continente africano, que prosseguirá por Uganda e República
Centro-Africana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário