Partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, a Rede Sustentabilidade e o PSOL não apoiarão o pedido impeachment acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A decisão tem um peso simbólico, já que, juntas, as duas siglas somam
apenas dez deputados - ao todo a Casa é composta por 513 parlamentares.
Já o PSB, que conta com 36 deputados federais e indicará quatro
integrantes para a comissão que avaliará o impedimento, deve definir sua
posição na segunda-feira. A maioria da cúpula do partido e os
governadores rechaçam a iniciativa.
A posição do líder da bancada, Fernando Bezerra Filho (PE), porém, ainda
é uma incógnita. Caberá a ele a palavra final sobre os quatro nomes que
representarão o PSB na comissão.
Aliado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o
vice-governador Márcio França, que integra a direção executiva do PSB,
se manifestou contra o parecer.
"O PSB ainda não tem uma posição formal, mas eu penso que não há
elementos para o impeachment no parecer que foi acolhido", diz França.
Diante da perspectiva de uma disputa acirrada entre governo e oposição, o
partido pode ser o fiel da balança na Câmara.
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