Além de responder por agressão ao médico
Antônio Joaquim Ferreira de Andrade na última sexta-feira (04),
plantonista da Unidade de Saúde de Tibau do Sul, Guilherme Mendes de
Farias, poderá vir a ser investigado por outros crimes cometidos no
mesmo episódio.
O Ministério Público do Rio Grande do
Norte (MPRN) pediu que o inquérito contemple outras questões, não
abordadas no registro da ocorrência.
O promotor Sidharta Johon, considerando
os fatos ocorridos no dia 4 de deste mês e documentados em vídeo,
solicitou a abertura de inquérito policial contra o agressor também por
desacato a toda equipe médica que trabalhava no local, constrangimento
ilegal e danos ao patrimônio público.
Na solicitação, o promotor argumentou que o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) aberto na ocasião foi equivocado.
Segundo ele, o acúmulo de crimes graves
praticados por Guilherme é superior à pena de dois anos de prisão, o que
tira o caso da competência do Juizado Especial, responsável por
analisar questões que partem de TCO’s, com crimes de pensas inferiores a
dois anos ou alternativas.
“Requisito a instauração de inquérito
policial para apurar os crimes acima listados, sem prejuízo de outros
que a autoridade policial durante a investigação verifique terem
ocorrido”, destacou o promotor na requisição.
Nas diligências da investigação,
Sidharta pediu identificação e oitiva dos profissionais que trabalhavam
na Unidade de Saúde no dia do fato, colhendo em detalhes os relatos
sobre o ocorrido, inclusive, os xingamentos que teriam sido proferidos
contra a equipe de Saúde e demais profissionais que trabalhavam no
Hospital.
Também solicitou identificação e oitiva
de pessoas que presenciaram o ocorrido e verificação in locu na Unidade
de Saúde para constatar se houve dano ao patrimônio público, avaliando a
necessidade de se requisitar perícia ao ITEP.
Para averiguar a gravidade da agressão, o
promotor também requisitou o laudo complementar ao ITEP para averiguar
se a vítima correu risco de morrer durante o episódio, devido ao porte
avantajado do ofensor, à fragilidade da vítima idosa e à força dos
golpes aplicados em região orbital esquerda, os quais originaram os
hematomas e a abertura do supercílio.
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