O número de homicídio por arma de fogo aumentou 445% na década de 2004 a 2014 no Rio Grande do Norte. O dado é do estudo “Mapa da Violência”,
divulgado nesta quinta-feira (25), pela área de estudos sobre violência
da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Em 2004,
foram registrados 237 homicídios por arma de fogo no estado. Em 2014,
foram 1.292, o que representa 3,5 homicídios por arma de fogo por dia.
O estudo avalia dados de mortes causadas por acidente, homicídio,
suicídio ou motivo indeterminado causadas com uso de arma de fogo entre
1980 e 2014. E usou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) do Ministério da Saúde de 2014 para mostrar a
evolução da violência em estados e municípios brasileiros.
De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio Grande
do Norte (Sesed), o estado apresenta uma tendência de queda dos índices
de número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) nos últimos
dois meses consecutivos. Entre o meses de maio e julho, foi registrado
uma queda de 11,6% de assassinatos no RN. De junho a julho, essa redução
foi de 9,1%.
No total, os índices dos sete primeiros meses de 2016 no estado do Rio
Grande do Norte ainda são maiores do que o mesmo período de 2015, ou
seja, 1.140 CVLIs contra 933, apesar da tendência de redução.
Segundo o estudo, a região Nordeste foi a que apresentou as maiores
taxas de homicídios por arma de fogo (HAF) em quase todos os anos da
década analisada. Sua taxa média em 2014, de 32,8 HAF por 100 mil
habitantes.
O relatório destacou ainda que a maior parte das cidades do Nordeste
apresenta elevados índices de crescimento na década 2004/2014. E em
curto espaço de tempo tiveram que enfrentar uma pandemia de violência
para a qual estavam pouco e mal preparadas.
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