O papa Francisco afirmou que a Europa
“precisa de um líder” e acusou o continente de “não levar a sério” a
promessa feita após a Primeira Guerra Mundial de evitar novos conflitos.
“Aquela frase, ‘guerra nunca mais’,
acredito que foi dita com sinceridade após a Primeira Guerra Mundial por
Schuman, De Gasperi, Adenauer [líderes políticos europeus do século
20]. Mas, nos dias de hoje, faltam líderes. A Europa precisa de um
líder, um líder que siga adiante”, disse o pontífice. A declaração foi
dada em entrevista à revista semanal católica belga Tertio, publicada
por ocasião da conclusão do Jubileu e divulgada hoje (7) pela Santa Sé.
“A frase ‘guerra nunca mais’ nunca foi
levada a sério, porque, depois da primeira, teve a segunda, e esta
terceira que estamos vivendo, despedaçada. Estamos em guerra. O mundo
está fazendo a terceira guerra mundial: Ucrânia, Oriente Médio, África,
Iêmen… é muito grave”, afirmou Francisco.
“Existe uma teoria econômica que não
tentei comprovar, mas li em vários livros: que, na história da
humanidade, quando um Estado via que seu orçamento não andava bem, fazia
uma guerra e reequilibrava as próprias contas. É um modo mais fácil de
produzir riqueza, mas o preço é muito alto: o sangue, disse o papa, ao
falar sobre o centenário da primeira guerra mundial.
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