O presidente Michel Temer (PMDB) pediu
R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014, segundo o site
BuzzFeed e a Revista Veja. A informação estaria na delação do executivo
Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da
Odebrecht, um dos 77 delatores da empreiteira na Operação Lava Jato.
O jornal “O Estado de S. Paulo” confirmou que Temer teve dois
encontros com Odebrecht. Uma das reuniões foi um jantar entre o então
vice-presidente, Marcelo Odebrecht e o hoje ministro chefe da Casa Civil
Eliseu Padilha no Palácio do Jaburu. Em outro encontro, em São Paulo,
Temer estaria acompanhado de seu colega de partido Henrique Alves.
Ambos, segundo a delação, pediram dinheiro a executivos da empreiteira,
em troca de uma obra.
A revista informou nesta sexta-feira, 9, que teve acesso à íntegra
dos anexos da delação de Melo Filho, que trabalhou por doze anos como
diretor de Relações Institucionais da Odebrecht.
Em 82 páginas, o executivo contou como a maior empreiteira do País
comprou, com propinas milionárias, integrantes da cúpula dos poderes
Executivo e Legislativo.
Segundo o delator, os R$ 10 milhões foram pagos em dinheiro vivo ao
braço direito do presidente, o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha. O dinheiro também teria sido repassado ao assessor especial do
peemedebista, José Yunes, seu amigo há 50 anos.
Segundo a revista, deputados, senadores, ministros, ex-ministros e
assessores da ex-presidente Dilma Rousseff também receberam propina. A
distribuição de dinheiro ilícito teria alcançado integrantes de quase
todos os partidos.
O delator apresentou e-mail, planilhas e extratos telefônicos para
provar suas afirmações. Uma das mensagens mostra Marcelo Odebrecht, o
dono da empresa, combinando o pagamentos a políticos importantes,
identificados por valores e apelidos como “Justiça”, “Boca Mole”,
“Caju”, “Índio”, “Caranguejo” e “Botafogo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário