A população mundial de girafas sofreu
redução de 40% nos últimos 30 anos, passando de 155 mil em 1985 para
pouco mais de 97 mil em 2015. A enorme queda no número de girafas foi
impulsionada por perda de habitat e caça ilegal, e a espécie foi
classificada como “vulnerável” na Lista Vermelha da União Internacional
para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
O estado de conservação das girafas era,
até agora, considerado de “menor preocupação” pela IUCN. Com a
atualização da Lista Vermelha, divulgada hoje (8) na 13ª Conferência das
Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB COP13) em Cancún,
no México, a espécie passou a receber especial atenção. As girafas
entraram para a lista de vulneráveis porque em três gerações a população
diminuiu mais de 30%.
A caça ilegal, a diminuição dos
territórios dos seus habitats naturais, a expansão da agricultura e da
mineração, o aumento do conflito entre humanos e animais selvagens e a
agitação civil estão empurrando os mamíferos de longos pescoços para a
extinção.
A Lista Vermelha da IUCN inclui 85.604
espécies, das quais 24.307 estão ameaçadas de extinção. A lista incluiu
742 novas espécies de aves reconhecidas e 11% delas estão ameaçadas de
extinção. O número total de aves avaliadas atingiu 11.121 espécies.
A atualização das informações também
incluiu avaliações de plantas como aveia, cevada, manga e outras
espécies silvestres. Essas plantas são cada vez mais essenciais para a
segurança alimentar da população mundial, porque sua diversidade
genética pode ajudar a melhorar a resistência das culturas à doença, à
seca e à salinidade.
“Esta atualização da Lista Vermelha da
IUCN mostra que a escala da crise de extinção global pode ser maior do
que pensávamos. Os governos reunidos na Cúpula da Organização das Nações
Unidas sobre a biodiversidade em Cancún têm a responsabilidade de
intensificar seus esforços para proteger a biodiversidade do nosso
planeta – não apenas por sua própria causa, mas por imperativos humanos
como segurança alimentar e desenvolvimento sustentável”, afirmou o
diretor-geral da IUCN, Inger Andersen, em comunicado à imprensa.
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