A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo fez
nesta quarta-feira sua primeira refeição no Complexo Penintenciário de
Bangu, onde está presa desde a noite de ontem por determinação da
Justiça Federal do Rio. A advogada passou a noite em uma cela individual
de 6 m² que possui uma beliche de alvenaria, chuveiro, uma pia e um
vaso sanitário. A galeria onde ela está tem nove celas e 18 vagas e está
ocupada por outras sete mulheres com nível superior completo.
Adriana se alimentou bem durante o
almoço. O cardápio servido será o mesmo para o jantar: arroz ou
macarrão, feijão, farinha, carne branca ou vermelha (carne, peixe,
frango), legumes, salada, sobremesa e refresco.
Pela manhã, ela comeu pão com manteiga e café com leite. Já o lanche da tarde será um guaraná e pão com manteiga ou bolo.
ESPECIAL: Contratos suspeitos e lavagem por meio de joias levaram Adriana à prisão
Adriana terá direito a banho de sol e visitas credenciadas. Ela ainda não recebeu nenhuma visita.
Segundo o Ministério Público Federal
(MPF), a advogada tem papel central no esquema liderado pelo seu marido
Sérgio Cabral, acusado de liderar um grupo que desviou ao menos R$ 224
milhões em contratos de obras com empreiteiras.
Acusada de corrupção, lavagem de
dinheiro e organização criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio, a
advogada se apresentou na tarde desta terça-feira à 7ª Vara Federal do
Rio, onde corre o processo contra ela e o marido. Ela teve o mandado de
prisão preventiva expedido pelo juiz Marcelo Bretas. Também nesta
terça-feira, Cabral, Adriana e mais 11 pessoas viraram réus na
Lava-Jato.
A força-tarefa da Operação Calicute
afirmou na manhã de hoje que foram encontradas mais 100 joias em seu
apartamento no Leblon. Ela foi presa na tarde de ontem, 19 dias após o
marido, o ex-governador Sérgio Cabral. Uma perícia avaliará o valor e a
autenticidade das peças. De acordo com os procuradores, ainda pode haver
joias escondidas, o que configuraria ocultação de bens, e esse seria um
dos motivos para a prisão.
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