O governo prevê que serão contratadas 610
mil unidades habitacionais em 2017 no programa Minha Casa Minha Vida.
Segundo o Ministério das Cidades, as faixas 2 e 3 liderarão a construção
com a expectativa de até 400 mil casas neste ano.
Nas demais faixas, o governo prevê 170 mil contratações na faixa 1,
sendo 35 mil casas na modalidade rural, 35 mil na modalidade entidades
urbanas e 100 mil no Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Além
disso, há expectativa de outras 40 mil unidades na faixa 1,5.
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, reconheceu que há uma “série de
aperfeiçoamentos” que devem ser feitos em relação ao programa Minha
Casa Minha Vida, mas minimizou a revelação de que quase metade dos
imóveis apresentam algum problema, conforme revelado nesta
segunda-feira, 6, pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. “É uma forma de
leitura, eu não sei se o enfoque dado está correto. Preciso ver o
estudo”, disse.
Conforme mostrou a edição de hoje do jornal, quase metade dos imóveis
destinados ao público mais carente do Minha Casa Minha Vida,
construídos entre 2011 e 2014, apresentam algum problema ou
incompatibilidade em relação ao projeto. Fiscalização do Ministério da
Transparência identificou falhas em 48,9% dos imóveis da faixa 1 do
programa de habitação, que contempla famílias que ganham até R$ 1,8 mil.
De um total de 688 empreendimentos, foram identificadas falhas de
execução em 336, que concentram quase 93 mil unidades.
Os principais problemas são trincas e fissuras (30,8%), infiltração
(29%), vazamentos (17,6%) e cobertura (12,3%). Os problemas não são
excludentes, ou seja, um mesmo imóvel pode ter mais de uma determinada
situação. A grande maioria dos problemas identificados está relacionada
com falhas ou deficiências dos ambientes por causa da incidência de
água.
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