Um veículo atropelou hoje (9), na localidade de Levallois Perret,
perto de Paris, uma patrulha do dispositivo antiterrorista instalado na
França após os atentados de 2015. Seis pessoas ficaram feridas, mas
nenhuma delas corre risco de morte, informou à Agência EFE a prefeitura
local.
As autoridades estão em busca do veículo, que saiu do
local em grande velocidade, e, por enquanto, nenhuma hipótese está
descartada sobre a motivação do motorista.
O incidente aconteceu
por volta das 8h locais (3h de Brasília), perto da Câmara Municipal da
localidade, na periferia oeste de Paris.
A prefeitura informou que quatro militares foram feridos de forma leve e dois com mais gravidade, mas não correm perigo.
Ainda não se sabe se foi uma ação voluntária com motivação terrorista ou se foi um acidente, acrescentou o governo municipal.
Em
declarações à emissora France Info, o prefeito da localidade, o
conservador Patrick Balkany, considerou intolerável e vergonhosa a
agressão contra os militares.
Em outra entrevista à emissora
BFMTV, Balkany assegurou que "se trata, sem dúvida, de uma ação
deliberada" diante do quartel em que reside um destacamento de 50
militares da Operação "Sentinele", o dispositivo de vigilância
antiterrorista mobilizado em todo o país.
O carro, um BMW,
esperava em um beco próximo que os militares saíssem do quartel para
iniciar sua ronda de vigilância e "acelerou com intensidade" quando os
soldados apareceram, antes de fugir do local, contou o prefeito.
O
quartel fica em frente a um parque, em uma região de pouco trânsito, e o
carro do suposto agressor foi em direção aos militares na contramão.
Os
soldados pertencem ao 35º Regimento de Infantaria e foram imediatamente
hospitalizados. Os dois cujo estado é mais grave foram levados para o
Centro Militar Percy, na localidade próxima de Clamart.
A ação
ocorre quatro dias depois que um jovem de 18 anos tentou entrar com uma
faca na Torre Eiffel, aos gritos de "Deus é Grande" em língua árabe.
O
agressor, que foi rendido pelas forças da ordem, tinha permissão do
hospital psiquiátrico em que estava internado, para onde voltou depois
de ser examinado por especialistas.
A Procuradoria Antiterrorista
abriu investigação por "tentativa de assassinato", e por "associação
criminosa com fins terroristas". Durante a detenção, o jovem assegurou
que mantém contato com o grupo jihadista Estado Islâmico.
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