O secretário estadual de Direitos Humanos
e Políticas para Mulheres e Idosos, Átila Nunes, recebeu no dia (4) o
aval do governador Luiz Fernando Pezão para dar seguimento ao processo
de estruturação e criação da Delegacia de Combate a Crimes Raciais e
Delitos de Intolerância (Decradi), em conjunto com a Polícia Civil. “O
governador autorizou e, agora, a gente vai fazer um trabalho junto com a
Polícia Civil para que a delegacia seja criada nos próximos dois
meses”.
Resultados positivos.
Nunes acredita que a criação da Decradi
trará dois resultados positivos. O primeiro é que, com uma delegacia
especializada, haverá profissionais preparados para atender os casos de
crimes de ódio como um todo. “Já traz uma qualificação que ajuda muito
na apuração desses casos.”
A criação da delegacia também será
importante porque a vítima de intolerância poderá ter certeza de que vai
encontrar um ambiente muito mais acolhedor para fazer o registro. “Eu
considero, inclusive, que a criação dessa delegacia é um divisor de
águas, como foram as delegacias especializadas no atendimento às
mulheres”, disse o secretário.
Na semana que vem, Átila Nunes pretende
se reunir com o chefe da Polícia Civil, Carlos Augusto Leba, para
proceder à operacionalização da delegacia. Nunes considera que, para a
secretaria, vai ser um “ganho gigantesco”, porque um dos trabalhos do
órgão é encaminhar as vítimas de crimes raciais e intolerância religiosa
para as delegacias para efetivar o registro. Com a Decradi, o
encaminhamento será feito de forma mais prática, segundo ele.
De acordo com dados do serviço Disque
100, foram registradas 79 denúncias de crimes de intolerância religiosa
no Rio de Janeiro em 2016, aumento de 119% em comparação ao ano
anterior.
A Secretaria de Direitos Humanos oferece
assistência psicológica, social e jurídica às vítimas de intolerância
religiosa no Rio de Janeiro. Denúncias podem ser feitas à
Superintendência de Igualdade Racial e Diversidade Religiosa pelo
telefone (21) 2334-5540.
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