A defesa do presidente Michel Temer pediu hoje (8) ao Supremo
Tribunal Federal (STF) a suspeição do procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, para atuar em investigação relacionada ao presidente que
está em tramitação na Corte. A defesa de Temer alega que o procurador
age de forma pessoal em ações contra o presidente.
O pedido foi
encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da denúncia apresentada
pela Procuradoria-Geral da República (PGR), mas que teve prosseguimento
suspenso por decisão da Câmara dos Deputados.
No mês passado, Janot denunciou o presidente Michel Temer ao Supremo
pelo crime de corrupção passiva. A acusação está baseada nas
investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. O
áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos
da empresa, com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, também é
uma das provas usadas no processo.
No entanto, na semana passada, a Câmara não autorizou a abertura da ação penal.
Com a decisão, a denúncia deve ficar suspensa até o fim do ano que vem,
quando o presidente deixará o mandato e pode voltará a ser investigado
na primeira instância da Justiça ou novamente no Supremo, se assumir
algum cargo com foro privilegiado no governo federal.
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