A Receita Federal anunciou nesta quarta-feira (29) o cronograma de
implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para empresas. De acordo com o
assessor especial da Receita Federal para o eSocial, Altemir Melo, o
e-social, que inicialmente foi criado para o registro de empregados
domésticos, será implantado para empresas com faturamento anual superior
a R$78 milhões a partir do dia 8 de janeiro de 2018. De acordo com a
Receita, 13.707 empresas se enquadram no perfil dessa primeira fase.
A
segunda etapa terá início em 16 de julho de 2018 e abrangerá os demais
empregadores, incluindo micros, pequenas empresas e micro empreendedores
individuais (MEIs). No caso dos entes públicos, ele será implantado a
partir de 14 de janeiro de 2019. “Esses entes serão detalhados em uma
resolução que publicaremos [provavelmente] amanhã (30)”, acrescentou o
representante da Receita no comitê gestor do eSocial, Clóvis Peres.
Segundo
Melo, “a principal premissa do eSocial é a entrada única de dados que
alimentará a base de dados dos entes de controle”, disse ele
referindo-se a Receita Federal, Caixa Econômica Federal, Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) e Ministério do Trabalho. "Nossa base
de dados contará também com a participação dos próprios contribuintes. E
a grande mudança de paradigma é que o eSocial será agora um fluxo. O
sistema que as empresas têm hoje está sendo ajustado para se comunicar
com a base nacional. Assim, cada evento registrado na empresa, como a
admissão de um trabalhador, será replicado para a base nacional do
eSocial, a fim de compartilhar os dados com os entes de controle”.
O
eSocial Empresas é um novo sistema de registro feito pelo governo
federal com o objetivo de desburocratizar e facilitar a administração de
informações relativas aos trabalhadores, de forma a simplificar a
prestação das informações referentes às obrigações fiscais,
previdenciárias e trabalhistas. Por meio dele, pretende-se também
reduzir custos e tempo da área contábil das empresas na hora de executar
15 obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
Com as
informações coletadas por cerca de 8 milhões de empresas, será criado um
banco de dados único administrado pelo governo, abrangendo mais de 40
milhões de trabalhadores. Ao ser implantado, o eSocial pretende garantir
direitos previdenciário e trabalhistas, além de simplificar o
cumprimento de obrigações, eliminando redundâncias no que se refere a
informações de pessoas físicas e jurídicas.
De acordo com a
Receita, para o empregador, o eSocial terá como vantagem reduzir
penalidades e sanções por incorreções e discrepâncias, além da
unificação e padronização de obrigações. A Receita aponta, como
vantagens, a maior garantia de efetivação de direitos trabalhistas e
previdenciários; maior agilidade para o acesso de benefícios; e maior
transparência em relação às informações do contrato de trabalhos.
Para
o governo, o eSocial terá como vantagens a ampliação da capacidade de
fiscalização; a possibilidade de implementar programas sociais
lastreados em dados mais qualificados; e a possibilidade de usar
informações com mais qualidade, padronização, consistência, unicidade e
validação prévia.
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