A Nasa confirmou ontem (27) a presença do primeiro asteroide
interstelar, vindo de outra galáxia em nosso sistema solar. O asteroide
de formato alongado e composição rochosa começou a ser observado na Via
Lactea desde outubro pela agencia espacial. Os cientistas da Nasa
afirmam que este é caso sem precendentes na história de observação da
agência. A presença dele, levanta a hipotese sobre a intercomunicação
entre mundos estelares diferentes.
As informações sobre o asteroide visitante foram publicadas na revista científica Nature e no site da agência. O objeto ganhou o nome de Oumuamua, que quer dizer mensageiro, em , em havaiano.
O
asteroide tem 400 metros de comprimento. A forma do Oumuamua também
chama atenção, segundo a Nasa é um formato incomum também não encontrado
anteriormente em cerca de 750 mil asterorides e cometas observador
agora no sistema solar que abriga a Terra.
Ele é maior que
qualquer asteróide ou cometa observado na Via Lactea até agora segundo
os astronomos que trabalham na observação do Oumuamua.
A Nasa já
confirmou que a órbita do asteroide não foi originada dentro do nosso
sistema solar e agora os cientistas acreditam que um asteroide
interestelar similar a este passe anualmente dentro da Via Lactea. Mas
outros como este ainda não haviam sido detectados, porque só
recentemente os chamados telescópios de rastreio, como a Pan-STARRS,
têm a potência e precisão necessárias para descobri-los.
“Durante
décadas nós temos a teoria de que tais objetos interestelares estão lá
fora, e agora - pela primeira vez - temos evidência direta de que eles
existem”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria
de Missões Científicas da Nasa em Washington, em um artigo publicado no site da Agência.
Segundo ele, a descoberta está abrindo uma nova janela para estudar a formação de sistemas solares além do nosso próprio.
Telescópios
de vários lugares do mundo detectaram o asteroíde, entre eles o Very
Large Telescope do Chile, mas o Instituto de Astronomia no Havai fez as
maiores descobertas sobre ele, cruzando dados recebidos de satélites e
telescópios terrrestres.
A equipe do Havai, liderada por Karen
Meech, foi a primeira a visualizar o asteroide e descobriu que o
Oumuamua gira sobre seu eixo a cada 7,3 horas.
Além disso ele
tem intensidade de luz (brilho) variante. Segundo a Nasa, nenhum
asteróide conhecido ou cometa do nosso sistema solar varia muito em
brilho, com uma grande relação entre tal comprimento e largura.
Tais
características sugerem que ele seja denso e composto por metais de
rocha e, possivelmente, não tem água ou gelo. Sua superfície foi
avermelhada devido aos efeitos da irradiação de raios cósmicos de mais
de centenas de milhões de anos.
Oumuamua já está se afastando da
Terra. Ele viaja a cerca de 85.700 milhas por hora (38,3 quilômetros por
segundo). Ele vai viajar para além da órbita de Saturno em janeiro 2019
e depois deixará a Via Lactea. Segundo a Nasa, Oumuamua irá em direção a
constelação de Pegasus.
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