O governo federal espera cortar R$ 20 bilhões em auxílios-doença e
aposentadorias por invalidez irregulares até o final de 2020. Desde
2016, vários benefícios assistenciais que apresentam problemas
cadastrais estão sendo revisados, após a criação de um comitê
interministerial encarregado de reduzir o desperdício de recursos na
área social. Nos últimos dois anos, R$ 9,6 bilhões foram economizados,
mas ainda há um potencial bilionário para mais cortes.
O número expressivo demonstra o quadro de abandono a que chegou o
gerenciamento das políticas de assistência social. Há casos de pessoas
que recebiam benefícios há mais de 10 anos, mesmo estando aptos a
trabalhar. O Ministério de Desenvolvimento Social (MDS) realizou quase
800 mil perícias desde 2016, cancelando 552,9 mil auxílios-doença e 1
milhão de aposentadorias por invalidez. O ministro da pasta, Alberto
Beltrame, em entrevista ao Correio, afirmou que houve um “desinchaço”
destes programas .
As irregularidades também se estendem a outros programas do governo,
como o Bolsa Família, o seguro-defeso e os benefícios de prestação
continuada (BPC). Neles, o governo identificou desperdícios de quase R$ 5
bilhões de 2016 até este ano.
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