Professores, educadores e entidades da sociedade civil querem que o
ensino de arte siga obrigatório nas escolas, no ensino médio. Por meio
do Movimento Arte na Escola, eles propõem ainda que haja duas aulas por
semana de artes nos três anos do ensino médio. As demandas fazem parte
de documento que está sendo debatido (22) e amanhã (23) no Conselho
Nacional de Educação (CNE).
Após a aprovação do novo ensino médio e da divulgação da Base
Nacional Curricular (BNCC) para essa etapa, especialistas em arte
educação e entidades sociais temem que a arte perca espaço no ensino
médio. Em Brasília, o grupo se reúne para consolidar até amanhã um
documento para ser avaliado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE),
que poderá incluir as sugestões tanto na BNCC quanto nas Diretrizes do
Novo Ensino Médio.
“O mundo está indo em outra direção, está valorizando a arte educação
e o Brasil precisa acompanhar essa tendência”, diz o diretor executivo
do Instituto Arte na Escola, Claudio Anjos. “No século 21, as principais
competências para o desenvolvimento do indivíduo como um todo passam
pelo ensino da arte, que é fundamental para garantir que determinadas
habilidades e competências possam vir à tona”, acrescenta. O Instituto
Arte na Escola é uma associação civil sem fins lucrativos que oferece
formação continuada em artes para professores da educação básica.
O novo ensino médio, aprovado no ano passado, estabelece que as
escolas passem a ensinar um conteúdo comum a todo o país, que deverá
ocupar 1,8 mil horas dos três anos da etapa de ensino e que, o no tempo
restante, os estudantes possam receber formações específicas em
linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino
técnico, escolhendo uma de preferência.
A parte comum será definida pela BNCC, que atualmente está em
discussão no CNE. Além da Base, o conselho discute ainda diretrizes que
vão orientar as redes de ensino na implementação da nova lei.
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