O Guia de Consumo Responsável de Pescado, lançado hoje (2) pela
WWF-Brasil, organização não governamental que integra a rede do Fundo
Mundial Para a Natureza (WWF), pesquisou 38 espécies de peixe de maior
valor comercial, que são as mais procuradas pelos consumidores.
Do material avaliado, 58% ou o equivalente a 22 espécies foram
classificados na categoria vermelha, como espécies oriundas de pescarias
ou fazendas não sustentáveis e, que por isso, não devem ser consumidas.
É o caso do camarão-rosa e do tubarão-azul (ou cação).
Na categoria amarela, foram listadas oito espécies, correspondentes a
21% do total, entre as quais se encontram a tilápia e o bonito
listrado. Embora sejam provenientes de fontes que mostram algum risco à
sustentabilidade, essas espécies podem ser consumidas, mas com
moderação.
Na categoria verde, foram incluídas também oito espécies (21%) mais
seguras para serem consumidas, como o salmão rosa e alguns tipos de
moluscos.
A gerente do Programa Marinho da WWF-Brasil, Anna Carolina Lobo,
especialista em gestão ambiental, observou que entre as espécies de
pescado situadas na lista verde e recomendadas para consumo, nenhuma é
produzida no Brasil, como o salmão, por exemplo, que vem do Chile.
Somente na aquicultura, o país tem quatro espécies cultivadas na
categoria verde, que são o mexilhão, a ostra do pacífico, a ostra do
mangue e a vieira.
O guia revela ainda que, das principais espécies consumidas no Brasil
e avaliadas pelo WWF-Brasil, apenas 28% têm opção de produtos com
certificação quanto à sustentabilidade de pesca ou cultivo.
As espécies de maior valor comercial estão mais ameaçadas de
extinção, como o camarão, por exemplo. Polvo e lagosta são outras
espécies ameaçadas. “Estão acabando. Daqui a pouco, as pessoas vão parar
de consumir” porque não há mais disponibilidade”, afirmou Anna.
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