A partir de amanhã (2), no Riocentro (Rio de Janeiro), mais de 120
fabricantes e fornecedores da indústria de defesa nacional deverão se
encontrar na Laad Defence & Security, considerada “a mais importante
feira de defesa e segurança da América Latina”. A expectativa é que até
sexta-feira (5) mais de 37 mil visitantes de 80 países (183 delegações oficiais) passem no local.
De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o
setor gera 60 mil empregos diretos e 240 mil empregos indiretos no
Brasil e movimenta R$ 202 bilhões por ano (4% do PIB). Conforme os dados
da Fipe, seis de cada dez reais gastos com segurança ou defesa no
Brasil são feitos pelo governo federal (R$ 142 bilhões), principalmente
pelas Forças Armadas.
A 12ª edição da Laad Defence & Security ocorre em um momento de
otimismo entre os fabricantes quanto ao crescimento desses números nos
próximos anos. Além dos exercícios regulares de guerra, controle e
observação do território nacional (o quinto maior do mundo), e missões
especiais, as Forças Armadas precisam de equipamento e tecnologia para
atividades como o controle do tráfego aéreo, construção de obras de
infraestrutura, transporte, policiamento em parte das áreas de
fronteira, combate ao crime e guarda costeira.
“Nós estamos mais otimistas em relação às perspectivas futuras de
aparelhamento das Forças Armadas via fornecimento da indústria
brasileira”, diz Glauco Côrte, presidente do Conselho Temático da
Indústria de Defesa (Condefesa), órgão consultivo da Confederação
Nacional da Indústria. “O governo atual enxerga o gasto de defesa como
estratégica”, acrescenta Roberto Gallo, presidente da Associação
Brasileira das Industriais de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde).
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