“Nós estamos acompanhando todos os elementos que estão surgindo e poderão ser utilizados, mas é importante ressaltar que colecionamos ao longo do tempo uma série de fatos e provas que mostram a ilegalidade da Operação Lava Jato em relação ao presidente Lula. Todas essas provas já estão nos processos em que apresentamos defesa”, disse Zanin.
Nas últimas semanas, Aras teceu uma série de falas públicas em que pede o fim do “lavajatismo” e acusa a força-tarefa da Operação Lava Jato de ser uma “caixa de segredos”, que possuiria informações pessoais de milhares de pessoas no país.
O procurador-geral também foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir acesso aos dados em poder da Lava Jato. O pedido foi concedido provisoriamente pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli, mas revogado posteriormente pelo relator do processo, o ministro Edson Fachin.
Augusto Aras defende a revisão do modelo de forças-tarefas, em que um procurador designado trabalha com um grupo de colegas em um caso. Na Lava Jato em Curitiba, o coordenador é o procurador Deltan Dallagnol. Pelo modelo defendido pela PGR, os casos de corrupção seriam investigados por um órgão especial a ser instalado em Brasília.
O advogado Cristiano Zanin cita reclamações que o ex-presidente apresentou ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra a força-tarefa e pede que as críticas possam se refletir em decisões do órgão. “Eu espero que, se há esse embate interno, que também ele reflita em uma correção de excessos e de ilegalidades que já foram apontadas por nós ao longo do tempo”, disse.
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