O eleitorado brasileiro terá, nas eleições de 2020, um total de 83,7 milhões de cidadãos acima dos 35 anos que obrigatoriamente devem ir às urnas. O número representa um aumento da participação dos mais velhos no eleitorado. Nas últimas eleições municipais, em 2016, eles eram cerca de 43% dos eleitores e, agora, representam mais da metade: 56%.
O perfil dos eleitores no País foi divulgado nesta quarta-feira, 5, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso. Nos últimos quatro anos, o eleitorado brasileiro cresceu 2,6%. O número de brasileiros aptos a votar foi de 144 milhões, há quatro anos, para 147,9 milhões.
O total de eleitores aptos a votar neste ano não considera o Distrito Federal e Fernando de Noronha, que não têm eleições municipais, nem os eleitores registrados no exterior – que votam apenas nas eleições nacionais. Mesmo assim, o número posiciona o Brasil como a quarta maior democracia do mundo, atrás da Índia, dos Estados Unidos, e da Indonésia.
A tendência de envelhecimento do eleitorado já havia sido identificada nos últimos levantamentos do TSE, divulgados sempre em anos eleitorais. Nos últimos quatro anos, o número de eleitores entre 16 e 17 anos diminuiu de 2,3 milhões para pouco mais de 1 milhão. Já a quantidade de eleitores acima dos 70 anos foi de 11,3 milhões para 13,5 milhões no mesmo período.
“Esses números documentam e comprovam, de maneira relevanta, um certo envelhecimento da população brasileira”, registrou Barroso durante a apresentação do balanço.
O número de mulheres que poderão votar neste ano supera o de homens em mais de 7 milhões. Elas representam 52,5% do eleitorado, com 77,6 milhões de cidadãs, e os homens são 47,5% do total com 70,2 milhões. Para Barroso, a informação “justifica e legitima a politica implantada pelo Congresso Nacional de reserva de pelo menos 30% para mulheres”.
Alguns Estados da região Norte teve um dos maiores aumentos no número de eleitores desde as últimas eleições municipais. Amazonas tem hoje 7,8% mais eleitores do que em 2016, e o Pará teve aumento de 6%. Apenas o Tocantins teve uma ligeira queda no número de eleitores, de -0,17% nos últimos quatro anos.
A cidade de São Paulo segue como o maior colégio eleitoral do País, com quase 9 milhões de eleitores. O menor é Araguainha (MT), com 1 mil.
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