A Globo surpreendeu com a decisão de rescindir o contrato da Libertadores que iria até 2022. Ao contrário do Carioca, o campeonato tem real valor para o pacote esportivo da emissora.
A medida no entanto, faz parte de uma readequação da estratégia da emissora à crise econômica e novas condições de mercado.
A paralisação do futebol pelo coronavírus acentuou um quadro de queda de receita da Globo com a exploração de direitos de TV, assim como ocorre com outras empresas. Houve redução do valor arrecadado com pay-per-view, com TV Fechada e o modelo de TV Aberta está sob questionamento.
Assim, tornou-se caro um contrato de US$ 65 milhões (R$ 346 milhões
pelo inflado câmbio atual). Esse valor é pago por um pacote de dois
jogos na quarta-feira, além das partidas a que tem direito o SporTV na
terça e na quarta. Facebook e Fox Sports têm direito a outras partidas
em pacotes. Veja ponto a ponto os motivos da rescisão da Globo:
Globo tentou redução
A emissora reconhece que vem fazendo uma revisão de seu portfólio de direitos esportivos, o que já se demonstrou pela rescisão do Carioca e na disputa com a Fifa pelos direitos da Copa.”Nesse contexto, e tendo em vista a suspensão daquela competição por vários meses, a empresa tentou renegociar com a Conmebol o contrato da Libertadores, válido até 2022, mas infelizmente não houve acordo. Assim, não restou alternativa à Globo a não ser rescindir o contrato”, diz nota da emissora.
A Conmebol entende que, apesar da crise da pandemia, a Libertadores está em valorização e pode ter outras ofertas. E há outro ponto: a IMG e a Perform garantiram à entidade US$ 350 mihões por ano pelos direitos da Libertadores e Sul-Americana. São essas empresas que têm de renegociar os direitos. Neste cenário, o dinheiro está garantido para a confederação até 2022. Isso dá maior força para a Conmebol para dizer não, e as empresas podem fazer novas concorrências pelos ativos.
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