Em entrevista ao jornal O Globo, o senador Flávio
Bolsonaro (Republicanos-RJ) admitiu que Fabrício Queiroz, seu
ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio, pagava suas contas
pessoais.
Mas, segundo o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem
partido), a origem desse dinheiro é lícita, sem nenhuma ligação com
possíveis desvios investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro
em esquema de “rachadinha” em seu antigo gabinete na Assembleia.
Queiroz, que é policial militar aposentado e ex-assessor do atual senador, foi preso no dia 18 de junho em um imóvel do advogado Frederick Wassef, responsável pelas defesas de Flávio e do presidente, em Atibaia (interior de São Paulo).
Queiroz e Jair Bolsonaro se conheceram no Exército e são amigos há
mais de 30 anos. Foi por meio de Jair que o ex-assessor ingressou no
gabinete de Flávio.
No dia 10 de julho, Queiroz deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó,
no Rio de Janeiro, para cumprir prisão domiciliar. O presidente do STJ
(Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, concedeu o
benefício a pedido da defesa.
Questionado pelo jornal sobre ter despesas pessoais pagas por
Queiroz, Flávio disse: “Pode ser que, por ventura, eu tenha mandado,
sim, o Queiroz pagar uma conta minha. Eu pego dinheiro meu, dou para
ele, ele vai ao banco e paga para mim. Querer vincular isso a alguma
espécie de esquema que eu tenha com o Queiroz é como criminalizar
qualquer secretário que vá pagar a conta de um patrão no banco. Não
posso mandar ninguém pagar uma conta para mim no banco?
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