O ministro da presidência da Bolívia, Yerko Núñez, anunciou domingo (2) o encerramento do ano escolar 2020 no país. Os motivos são a
pandemia do novo coronavírus e a falta de condições para fazer a
educação virtual alcançar todo o território nacional.
“O governo da presidente Jeanine Áñez comunica o encerramento da
gestão educativa 2020 para o subsistema da educação regular em seus
níveis inicial, primário e secundário”, afirmou Núñez. Ele destacou que
não haverá reprovação de alunos e todos passarão para o nível
educacional seguinte.
“O salário dos professores do setor público continuará sendo pago,
apesar de os sindicatos de professores e organizações políticas quererem
que haja aulas presenciais, colocando em sério risco a saúde e a vida
de nossos filhos”, disse o ministro. “Por isso, não haverá classes
presenciais, mas também não haverá classes virtuais, não há outra saída a
não ser encerrar o ano escolar.”
A medida, segundo ele, se deve ao “lamentável atraso tecnológico,
produto das últimas décadas”. O ministro explicou ainda que este período
será dedicado à ampliação da rede de fibra óptica, sinal de satélite e
de internet, fornecimento de equipamentos tecnológicos e assinatura de
acordos entre os governos nacional, departamentais e municipais para
garantir o acesso à rede no país.
“Todos sabemos que, durante esses 14 anos de bonança econômica, o
governo anterior não investiu para melhorar esses sistemas de internet,
não conseguimos entrar na modernidade e lamentamos muito que em
províncias, em muitos setores do país não haja internet e por isso não
se pode dar aulas e por isso também é que foi tomada a decisão de
encerrar o ano escolar”, acrescentou. A medida entra em vigor a partir
de hoje.
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