quinta-feira, julho 01, 2021

Mortes de moradores de rua pelo frio geram mobilizações pelo país.

Após relatos de mortes de pessoas em situação de rua em três estados brasileiros devido ao frio, entidades civis, ativistas e governos intensificaram mobilizações para auxiliar esse público durante a onda de baixas temperaturas que atingem principalmente os estados do sul e sudeste.

A cidade de São Paulo registrou nesta semana um recorde de 6,3 graus na noite de quarta-feira (30), a mais fria dos últimos cinco anos. Segundo o Movimento Estadual da População em Situação de Rua de São Paulo, sete pessoas em situação de rua morreram de frio nas noites de terça (29) e outras quatro na quarta-feira.

As mortes teriam acontecido, segundo a entidade, na região central (na Praça da Sé, Pátio do Colégio, Baixada do Glicério e Bom Retiro) e na zona oeste, na Barra Funda. 

Em meio a onda de frio, o governo paulista solicitou doações ao setor privado e anunciou o oferecimento de 25 mil cobertores e a mesma quantidade de sacos de dormir para os moradores da capital. Os itens foram integralmente doados pelo Grupo CCR, antiga Companhia de Concessões Rodoviárias.

Na capital paulista, a prefeitura instituiu em abril um comitê para executar o "Plano de Contingência para Situações de Baixas Temperaturas - 2021” que, segundo a gestão, realizou cerca de 4 mil acolhimentos e distribuiu 3 mil cobertores para o público em situação de rua desde então.

As autoridades paulistanas, no entanto, não confirmam que a causa das mortes relatadas pelo Movimento Estadual da População em Situação de Rua seja o frio. Segundo a prefeitura, a determinação da causa de morte é atribuição de órgãos competentes, como o IML.

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