O escritor e romancista nasceu em 1948 na ilha de Zanzibar, no Oceano Índico, ao largo da Tanzânia, e se mudou para o Reino Unido na década de 60, como refugiado. Foi anunciado pela Academia Sueca, nesta quinta-feira, pela "penetração inflexível e compassiva aos efeitos do colonialismo e do destino dos refugiados no abismo entre culturas e continentes".
Abdulrazak Gurnah, de 73 anos, escreve em inglês e reside atualmente no Reino Unido, sendo os seus livros mais conhecidos Paradise (1994), Desertion (2005), e By the Sea (2001). O escritor é autor de dez livros, foi professor de inglês na Universidade de Kent e membro do júri do Prémio Man Booker, em 2016.
Apesar de sua primeira língua ter sido Suaíli, foi o inglês que se tornou a sua ferramenta literária. Prêmio foi concedido devido ao fato de sua obra estar centrada nos temas relativos aos refugiados.
O prêmio de Literatura é o quarto Nobel anunciado nesta semana. Na segunda-feira (4), os norte-americanos David Julius e Ardem Patapoutian foram agraciados com o Nobel de Medicina, pela descoberta de receptores de temperatura e toque na pele.
Na terça, o norte-americano nascido no Japão Syukuro Manabe, o alemão Klaus Hasselmann e o italiano Giorgio Parisi venceram o Nobel de Física 2021, pelo trabalho que ajuda a compreender sistemas físicos complexos como a mudança climática da Terra. Ontem, os pesquisadores Benjamin List, da Alemanha, e David MacMillan, dos Estados Unidos, ganharam o Prêmio Nobel de Química pelo trabalho de uma "ferramenta engenhosa de construir moléculas"
O Prêmio Nobel foi criado pelo inventor da dinamite e empresário sueco Alfred Nobel e é entregue desde 1901.
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