segunda-feira, outubro 15, 2012

Vereadora mais de Natal defende proposta de 30% do orçamento para educação.

Eleita vereadora por Natal com 32.819 votos no domingo (7), a professora Amanda Gurgel, 31, vive uma rotina diferente da que mantinha antes de se afastar do magistério há alguns meses para a campanha eleitoral. Ela trocou a sala de aula pelas constantes entrevistas e reuniões com o partido (PSTU).

Com a bandeira da educação, Amanda Gurgel foi a vereadora eleita com maior percentual de votos (8,6%) entre os candidatos de todas as capitais do Brasil.

Como vereadora, seu principal projeto é fazer com que 30% do orçamento de Natal sejam empregados na educação pública. Também defende a construção de creches para 35 mil crianças e a melhoria do transporte público com a criação de uma empresa pública.

A professora se tornou conhecida após a divulgação de um vídeo no Youtube com seu desabafo aos deputados do Rio Grande do Norte sobre os problemas da educação no Estado. O vídeo teve mais de 2,2 milhões de acessos e fez de Amanda a professora mais popular do Brasil.

“No mesmo dia em que o vídeo foi para o ar, as pessoas já começaram a me parar nas ruas, falando que tinham gostado de minha atitude e sugerindo que eu me candidatasse”, explicou.

Daí para sua candidatura foi um pulo. A professora, que já era filiada ao PSTU desde a época em que era universitária, foi a opção para que o partido apostasse nela todas as suas fichas de conseguir pela primeira vez um representante na Câmara Municipal de Natal.

A estratégia fez com que, além de Amanda ser eleita, o número de votos obtidos foi suficiente para puxar outros dois vereadores da coligação PSTU-PSOL para a Câmara Municipal: Sandro Pimentel e Marcos, ambos do PSOL.

Salário.
Já de princípio, a vereadora eleita causou burburinho ao anunciar que renunciará à parte de seu salário. Dos proventos de R$ 15.017 – salário dos vereadores em Natal –, Amanda afirmou que vai ficar apenas com o valor referente ao que ela já recebia como professora do Estado e do município, o que somando dá R$ 2.600. O restante será repassado ao partido para que use na luta pelos trabalhadores.

“Faço parte de um partido que tem como proposta a luta pelos trabalhadores”, explicou, “eu não conseguiria absorver as demandas dos trabalhadores e lutar por eles na Câmara se eu tivesse um salário diferente do deles”.

A vereadora, no entanto, ainda não sabe como será feita a publicidade do repasse do salário, mas afirma que prestará contas à população do uso de toda a verba de gabinete.

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