A denúncia de um traficante preso em Ribeirão das Neves, na Grande BH, de que o goleiro Bruno Fernandes teria ligações com o traficante Nem da Rocinha, do Rio de Janeiro, reacendeu a discussão sobre os motivos que levaram à morte da modelo Eliza Samudio. Bruno, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e outros três réus serão julgados no dia 19 de novembro.
A mãe da modelo, Sônia de Fátima, acredita que o suposto envolvimento de Bruno com traficantes pode ter provocado a morte da filha.
— Ela sabia de mais coisas, não faz sentido que tenha sido morta por causa de brigas entre os dois. Quem conhece a história não vai querer falar por medo. Sei de uma amiga da Eliza que trocou de cidade, talvez por se sentir ameaçada.
Depoimento.
A história já havia sido levantada por Jaílson Alves de Oliveira, detento companheiro de cela de outro acusado pelo crime, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Em depoimento em abril de 2011, ele afirmou que Bruno teria dado dinheiro ao traficante Nem da Rocinha. Além disso, disse que “Bruno tem essa força do Rio porque presta assistência ao tráfico”.
O advogado de Oliveira, Ângelo Carbone, corrobora a tese. Para ele, a denúncia de Vinícius Barbosa, na última terça, reforça a suspeita do envolvimento de Bruno com o tráfico.
— Bruno e Macarrão tinham negócios com traficantes do Rio, da forma como o Bola narrou ao Jaílson. O inquérito sobre a morte da Eliza não traz isso porque viraria uma bola de neve, nunca teria fim.
José Arteiro, que representa a mãe de Eliza na acusação, reforça a suspeita.
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