A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderá abrir um concurso com 600 vagas. Aguardado há cerca de oito anos, o certame deveria contar com o apoio dos funcionários e associações de servidores. O problema é que apenas 250 postos seriam destinados à contratação efetiva de funcionários. A maioria (350), segundo informações de uma fonte ligada à diretoria do órgão, seria para cargos temporários de, no máximo, dois anos.
De acordo com a Associação dos Servidores da Anvisa (Univisa), a agência pediu autorização ao Ministério do Planejamento para o processo seletivo informando que precisava de mais 600 trabalhadores. Por conta de restrições orçamentárias, foi aconselhada a distribuir os cargos entre as duas formas de contratação. O fato gerou protesto dos servidores. Eles fizeram, na manhã da última segunda-feira, uma assembleia e um ato diante da sede do órgão para exigir explicações da diretoria.
Depois de muito barulho, a direção concordou em marcar para hoje, às 16 horas, uma reunião na qual o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, deverá dar informações sobre o processo seletivo. Segundo Alessandro Belisário, presidente da Univisa, desde 2004 não há concurso para o órgão. “Para enfrentar os interesses de poderosos grupos políticos e econômicos, a agência precisa manter sua autonomia. Os temporários criam uma insegurança muito grande. Não se sabe se serão indicados para áreas finalísticas ou de suporte, e se terão acesso a informações confidenciais. Isso nos preocupa”, destacou Belisário.
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