O júri do goleiro Bruno Souza, réu do caso Eliza Samudio, foi adiado a pedido dos advogados do réu para 4 de março de 2013. O pedido foi apresentado pelo advogado Lúcio Adolfo da Silva, um dos defensores do goleiro, que ingressou nesta quarta-feira (21) na defesa do ex-atleta após Francisco Simim entregar à juíza um documento pelo qual nomeou Adolfo da Silva para o seu lugar.
Agora, só serão julgados neste Tribunal do Júri o réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Gomes de Castro, ex-amante do goleiro. Inicialmente, o julgamento havia sido transferido para 21 de janeiro, mas a juíza Marixa Fabiane achou melhor adiar para março por conta das férias e do Carnaval, o que traria dificuldades para formar o conselho de jurados.
Logo no início da sessão de hoje, Lúcio Adolfo da Silva argumentou não ter condições de atuar na defesa do réu por não ter conhecimento dos autos. "Não li uma única linha do processo", afirmou Silva. Indagado se conhecia o cliente, respondeu: "Quem não conhece Bruno? Ele é atleticano."
Em seguida, o promotor Henry Castro fez uma longa manifestação contra o adiamento do júri, na qual disse que os advogados estavam ferindo o Código de Processo Penal e tentando claramente manobrar o julgamento. “Quem preside esse julgamento é Vossa Excelência; neste julgamento a Promotoria de Justiça pede; e neste julgamento algumas das defesas, sob a capa da astúcia e da bravata, só manobram.
Ainda assim, a juíza Marixa aceitou o pedido da defesa de Bruno. “Não obstante ver clara manobra para postergação do processo --por outro lado também é verdade que o documento apresentado a mim foi de substabelecimento-- concedo ao senhor advogado prazo para ter ciência do processo”, declarou a magistrada. “Determino o desmembramento do processo.”
Inicialmente, Marixa Fabiane marcou o julgamento de Bruno para 14 de janeiro, mas o promotor afirmou que estaria voltando de férias nesta data, e magistrada decidiu postergar para o dia 21. Após a decisão, o goleiro Bruno deixou o Fórum de Contagem escoltado pela Polícia Militar e foi conduzido ao presídio Nelson Hungria, no mesmo município.
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