segunda-feira, dezembro 02, 2013

Lei seca "pra valer' só com ácool zero, diz ONG.

Na quarta-feira passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou um pacote que endurece as leis de trânsito. A proposta, que pode ser submetida à votação suplementar no colegiado ainda nesta semana antes de ir à Câmara, aumenta o valor das multas e dá poderes às autoridades de trânsito para suspender cautelarmente a habilitação de condutores por até dois anos.

Contudo, as mudanças aprovadas pelos senadores são consideradas insuficientes por uma organização não governamental cujo objetivo é endurecer as leis de transito em nosso país. O movimento “Não Foi Acidente” quer tornar crime, e não mera “infração administrativa”, o ato de dirigir veículos após o consumo de qualquer quantidade de álcool. Para aqueles que bebem, dirigem e matam no trânsito, a pena defendida pela organização é de cinco a oito anos, e a caracterização desse crime como culposo (sem a intenção de matar).

“Para acabar com a discussão se é culposo, doloso, culpa consciente ou dolo eventual. Se é  uma dor insuportável a perda de um ente querido, a demora de quase dez anos para julgar e punir o assassino e uma insanidade”, explica Nilton Gurman, um dos representantes do Não Foi Acidente, que auxiliou a deputada Keiko Ota (PSB-SP) na apresentação de um projeto de lei neste sentido. Esta proposta está pronta para ser analisada no plenário da Câmara.

“Sugerimos que o direito de dirigir seja entendido como uma concessão do estado. Assim, ao  receber esta concessão, o cidadão assinaria um termo que, caso requisitado por autoridade  policial, ele se obriga a fazer todo e qualquer teste para provar a capacidade motora, discernimento e ausência de qualquer droga”, complementa.

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