Atualmente, a indicação para início da
terapia ocorre somente quando o paciente já apresenta sintomas da Aids –
como, por exemplo, perda de peso, febre, diarreia e fadiga – ou quando o
exame de contagem de linfócitos CD4 apresenta resultados alterados
(abaixo de 500 células/mm³).
O objetivo da nova estratégia, anunciada
pelo ministro Alexandre Padilha ontem domingo (1º), Dia Mundial de Luta
contra a Aids, é melhorar a qualidade de vida das pessoas que têm o
vírus e diminuir a transmissão do HIV. Segundo o ministro, iniciar o
tratamento assim que o paciente recebe o diagnóstico reduz em 96% a
chance de ele transmitir o vírus para outras pessoas.A portaria deve ser
publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial.
De acordo com o ministério, apenas
França e Estados Unidos já adotam essa abordagem para o tratamento de
HIV. “O Brasil é o primeiro país em desenvolvimento”, destaca o
secretário de Atenção em Saúde, Jarbas Barbosa. “Essa medida pode ser um
ponto de inflexão importante para mudar a história da transmissão da
Aids”, acrescenta. Ele aponta que os medicamentos são capazes de
praticamente zerar a carga viral no sangue do paciente, o que reduz o
risco de transmissão.
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