terça-feira, maio 13, 2014

Madrasta diz que obrigou Bernardo a tomar remédios 3 vezes em poucas horas.

A madrasta de Bernardo Boldrini afirmou no depoimento que deu à Polícia Civil no dia 30, ao qual VEJA teve acesso, que obrigou o menino a ingerir medicamentos pelo menos três vezes em um intervalo de poucas horas no dia 4 de abril, o que teria levado o garoto de 11 anos à morte.

Graciele Ugulini está presa temporariamente, assim como seu marido e pai de Bernardo, Leandro Boldrini, e a assistente social Edelvânia Wirganowicz, todos suspeitos de matar Bernardo. A tese da defesa é que a morte foi acidental. Para a Polícia Civil gaúcha, o crime foi premeditado.

Graciele saiu de Três Passos em seu carro com Bernardo na tarde do dia 4 e seguiu para Frederico Westphalen, com o suposto propósito de comprar uma televisão. No caminho, fez o menino tomar comprimidos porque ele estava “muito agitado”.  ”Tinha medicamentos na bolsa, dela (da madrasta) e do Bernardo. Acha que era Ritalina e Respiridona (sic)”, informa o relatório da polícia com o depoimento de Graciele. Ela disse não recordar quais remédios eram dela e quais os do menino, nem a quantidade que o fez ingerir. Mas confirmou que ele não queria tomar nada, que foi necessário “insistir” e lhe dar água para que obedecesse.

A ritalina é usada para controlar o déficit de atenção, e a risperidona é um antipsicótico indicado para pacientes com esquizofrenia.

A perícia encontrou resquícios de midazolam, um anestésico, no corpo de Bernardo, mas não precisou se a quantidade seria o suficiente para matá-lo. Graciele, que é enfermeira e ajudava o marido na sala de endoscopia do Hospital de Caridade de Três Passos, confirmou ter acesso a este medicamento no hospital, mas sustentou ter dado a Bernardo as cápsulas que tinha na bolsa.

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