A Polícia Civil indiciou o pai do menino Bernardo Boldrini, o médico Leandro Boldrini, de 38 anos, a madrasta, Graciele Ugulini,
de 32, e a assistente social Edelvânia Wirganoviz, de 31, por homicídio
qualificado e ocultação de cadáver no inquérito que investiga o
assassinato da criança, encerrado e remetido à Justiça nesta
terça-feira, 13. Para a polícia, Boldrini é apontado como o mentor do
crime, pois teria emitido a receita do calmante que matou o menino e
ainda agido para encobrir o crime.
O médico foi inocentado nos depoimentos
da madrasta e da assistente social. Na noite desta terça-feira, o juiz
Marcos Luís Agostini, da Comarca de Três Passos, decretou a prisão
preventiva dos três indiciados, que estavam presos temporariamente desde
14 de abril e teriam de ser soltos à meia-noite. Na nova condição, eles
seguirão encarcerados por tempo indeterminado.
Bernardo, que tinha 11 anos, desapareceu
de casa, em Três Passos, no dia 4 de abril. O corpo foi encontrado dez
dias depois, em Frederico Westphalen, a 80 quilômetros da residência da
família. A investigação apurou que Graciele viajou com o menino, com a
promessa de que compraria um aquário que ele queria. Câmeras de
segurança de um posto de combustível mostraram madrasta e enteado
descendo de uma caminhonete e embarcando em um carro, junto com
Edelvânia. A enfermeira e a assistente social voltaram sozinhas depois.
Com base nas imagens, os policiais
chegaram ao corpo e a outras provas, como uma pá e uma cavadeira usadas
na abertura da cova, em um matagal, comprovantes da compra dos
utensílios e também do medicamento midazolam em uma farmácia, com
receita emitida por Leandro Boldrini para Edelvânia.
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