Aproximadamente 2.000 manifestantes (número dado pela Polícia Militar) fecharam a Radial Leste, na zona leste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, e chegaram perto do Itaquerão. O grupo, que protesta contra os gastos do governo para a Copa do Mundo e pede moradia, queimou pneus e estourou bombas. Por volta das 11h, a liderança do movimento decidiu retornar para o assentamento que fica ao lado do estádio.
Segundo o capitão da PM Wilton Luis, a situação esteve
sob controle. "A situação está sob controle. Os pneus estão sendo
queimados e representam um risco apenas para eles. Estamos de prontidão,
mas não vamos intervir enquanto eles não afetarem o direito de
ninguém", afirmou o policial enquanto observa o deslocamento dos
manifestantes.
Três corintianos, que dizem fazer parte de
organizadas, chegaram ao local e afirmaram que não deixariam que o
protesto prejudicasse o Itaquerão. Segundo eles, existiam ainda quatro
ônibus com torcedores perto do local para fazer a proteção e que mais 10
estariam a caminho.
"Nós estamos aqui acompanhando porque o
protesto é por moradia e também somos do povo. O protesto é direito, mas
eles têm que ficar aqui embaixo. Se for lá no nosso patrimônio o bicho
vai pegar", disse um destes torcedores.
O dia 15 de maio foi batizado como "Dia Internacional de Lutas contra a Copa"
pelo Comitê Popular da Copa, que reúne movimentos sociais e
organizações que denunciam violações de direitos humanos e a repressão
ao direito de manifestação.
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