As manifestações convocadas nos últimos dias para mostrar
insatisfação com os gastos da Copa do Mundo tiveram hoje menos adesão do
que os protestos promovidos país afora por sindicatos grevistas e
associações de classe. Em São Paulo, por exemplo, cerca de 1.200 pessoas se reuniram na Avenida Paulista,
no fim da tarde, para protestar contra o Mundial. Mais cedo, o
Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) juntou 6 mil manifestantes e bloqueou cinco vias de grande fluxo.
No Rio, os protestos feitos por professores, em greve, e rodoviários
foram mais populares do que o feito contra a Copa do Mundo, na Central
do Brasil. O ato realizado no início da noite ganhou força após a adesão de parte dos outros movimentos. Em Brasília, não mais de 300 pessoas participaram dos atos realizados tanto pela manhã quanto pela tarde contra o Mundial. Apesar disso, houve momentos de tensão nos protestos contra a Copa tanto em São Paulo quanto no Distrito Federal.
O
governo avaliou que os protestos que aconteceram nesta quinta-feira em
diversas capitais do país não surtiram o efeito esperado pela oposição,
que esperava ver muitos manifestantes na rua. No entendimento do
governo, "faltou gente". Internamente, a presidente Dilma Rousseff e
seus principais assessores comemoraram o fato de que poucas pessoas
protestaram. Mesmo assim, o governo continua cauteloso quanto à Copa,
pois acredita que as manifestações podem ganhar mais adesões.
Na
capital paulista, o protesto contra o Mundial começou às 17h, na Avenida
Paulista, e tinha como destino o estádio do Pacaembu. Por volta das
19h30, um pequeno grupo de mascarados furou o cordão de isolamento da
Polícia Militar e ateou fogo em latas de lixo. Depois quebrou os vidros e
invadiu pelo menos uma concessionária de veículos. Por volta das 21h,
quando a manifestação chegou ao fim, a polícia contabilizava 27 pessoas
detidos - 20 deles com martelos e coquetéis molotov - e quatro feridos.
O
ato havia sido convocado pela internet pelo Comitê Popular da Copa em
São Paulo, organização formada por vários movimentos sociais, mas muitas
pessoas com rosto coberto e roupas pretas se juntaram ao evento. Com o
início do tumulto, no entanto, o protesto se dividiu em dois. Uma parte
dos manifestantes continuou a passeata, de forma pacífica, até o
Pacaembu, e outros abandonaram o ato por causa do vandalismo. A estação
de metrô Paulista ficou fechada por 20 minutos.Via g1.
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