sexta-feira, maio 16, 2014

Protestos contra o Mundial têm adesão menor do que os de categorias profissionais.

As manifestações convocadas nos últimos dias para mostrar insatisfação com os gastos da Copa do Mundo tiveram hoje menos adesão do que os protestos promovidos país afora por sindicatos grevistas e associações de classe. Em São Paulo, por exemplo, cerca de 1.200 pessoas se reuniram na Avenida Paulista, no fim da tarde, para protestar contra o Mundial. Mais cedo, o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) juntou 6 mil manifestantes e bloqueou cinco vias de grande fluxo. No Rio, os protestos feitos por professores, em greve, e rodoviários foram mais populares do que o feito contra a Copa do Mundo, na Central do Brasil. O ato realizado no início da noite ganhou força após a adesão de parte dos outros movimentos. Em Brasília, não mais de 300 pessoas participaram dos atos realizados tanto pela manhã quanto pela tarde contra o Mundial. Apesar disso, houve momentos de tensão nos protestos contra a Copa tanto em São Paulo quanto no Distrito Federal.

O governo avaliou que os protestos que aconteceram nesta quinta-feira em diversas capitais do país não surtiram o efeito esperado pela oposição, que esperava ver muitos manifestantes na rua. No entendimento do governo, "faltou gente". Internamente, a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores comemoraram o fato de que poucas pessoas protestaram. Mesmo assim, o governo continua cauteloso quanto à Copa, pois acredita que as manifestações podem ganhar mais adesões.

Na capital paulista, o protesto contra o Mundial começou às 17h, na Avenida Paulista, e tinha como destino o estádio do Pacaembu. Por volta das 19h30, um pequeno grupo de mascarados furou o cordão de isolamento da Polícia Militar e ateou fogo em latas de lixo. Depois quebrou os vidros e invadiu pelo menos uma concessionária de veículos. Por volta das 21h, quando a manifestação chegou ao fim, a polícia contabilizava 27 pessoas detidos - 20 deles com martelos e coquetéis molotov - e quatro feridos.

O ato havia sido convocado pela internet pelo Comitê Popular da Copa em São Paulo, organização formada por vários movimentos sociais, mas muitas pessoas com rosto coberto e roupas pretas se juntaram ao evento. Com o início do tumulto, no entanto, o protesto se dividiu em dois. Uma parte dos manifestantes continuou a passeata, de forma pacífica, até o Pacaembu, e outros abandonaram o ato por causa do vandalismo. A estação de metrô Paulista ficou fechada por 20 minutos.Via g1.

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