O chefe da Missão das Nações Unidas para o Combate ao Ebola (Unmeer),
Anthon Banbury, disse ontem sexta-feira (2) que a África Ocidental não está
prestes a se livrar do ebola e destacou que a comunidade internacional deve dar continuidade aos esforços para combatê-lo.
Banbury, que assumiu o cargo quando a Unmeer foi criada, em setembro,
deixará Acra, capital de Gana, onde fica a sede da organização, amanhã
(3), sendo substituído pelo mauritano Ismail Ould Cheikh Ahmed. “Penso
que a mobilização deu seus frutos, mas temos ainda um longo caminho a
percorrer. Trata-se de um combate muito difícil e não sabemos o que o
futuro nos reserva”, declarou em conferência de imprensa.
“O que me preocupa, acima de tudo, é saber quando vamos atingir
números mais baixos – o que deverá acontecer já em 2015, estou
convencido disso. Mas, com um caso aqui e mais dois acolá, [o vírus]
continua a ser uma ameaça preocupante para qualquer comunidade em
qualquer país”, sublinhou, instando a comunidade internacional a não
desviar a atenção do ebola até que a epidemia seja controlada.
A Unmeer foi criada para coordenar a lutra contra a doença nos três
países mais atingidos (Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri). Foi a primeira missão da ONU especificamente destinada a controlar uma crise de saúde pública.
A epidemia ebola já matou 7.890 pessoas na África Ocidental, num
total de 20.171 casos registados nos três países mais afetados, segundo o
balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado no dia 28 de dezembro.
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